Cada vez que ia visitá-la,
trancava seus sentimentos. Ou será que eles é que tinham o poder de deixar-lhe
sem o sentir? Aqueles vultos andavam como sonâmbulos. Parecia que não existiam.
Nunca sairiam daquele torpor? Enquanto àquele quadro vinha à tona, a menina escondida,
esquecida, encolhida, olha àquela cena, com horror, mas sem encontrar resposta.
Entrar naquele lugar requeria
mais do que nervos de aço, coração de ferro, mente entorpecida. Só existiria vulto
nesta nação? Deslocada, a menina ouve o pedido de um coração que implora: - Tirem-me daqui! Ainda
hoje ouve esse grito. De alguém tão especial Que não controlava seus fantasmas,
por isso estava trancada, com outros vultos, todos desconhecidos.
O que poderia fazer? Perguntavam-se
constantemente. - Por que levavam essa criança para aquele lugar tenebroso? É
que ela insiste em ir contemplar aqueles rostos! Por isso tantos gritos, e
pesadelos. - Não façam isso, deixem-na em paz! Não acabem com sua infância! O
que eles não sabem é que a menina tudo ouve, tudo entende. E conversando com
seu coração, responde: - Minha infância já foi triturada naquele primeiro dia
que vi aquele vulto por trás das grades.
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